Sobre a peça



A História

Kel e Rey vão passar as férias na casa de sua avó. Um belo dia, cansados de brincar das mesmas coisas resolvem se aventurar e explorar, ao cair da noite, o lugar mais misterioso da casa: o porão. Lá descobrem o diário de sua avó que fora atriz desde os 12 anos.

  A partir de então, iniciam um grande jogo com os figurinos encontrados em um baú e acabam montando uma peça, com a participação da platéia, onde diversos personagens dos contos clássicos infantis se misturam e se divertem. Branca de Neve, Lobo Mau, Corcunda de Notre Dame, Cigana Esmeralda, Chapeuzinho Vermelho, entre outros, são interpretados livremente pelos protagonistas, tendo suas histórias recontadas e transformadas. Ao final aprendem que “fazer de conta é a melhor brincadeira do mundo”.

Num colégio particular em Niterói, Kel (Rachel Palmeirm) e Rey (Reynaldo Dutra), brincam de serem os personagens Lobo Mau e Chapeuzinho Vermelho no porão da avó


A encenação

 O Baú das Histórias encantadas é um convite à uma relação critica com as fábulas infantis, tentando fazer refletir suas moralidades e a influência que elas exercem na formação da criança. Entendemos que as narrativas que povoam o nosso imaginário devem ser sempre recontadas e resignificadas, desconstruídas e construídas aos olhos do espectador/leitor. A imaginação aqui é um livro aberto, que mostra na cena os mecanismos do jogo dramático e algumas de suas regras. A principal delas: acreditar no que se faz e no que se diz.

Nesse sentido, o espetáculo, dotado de extrema simplicidade, exibe aos espectadores as entranhas das relações entre os atores, volta, repete, desfaz a cena, exibe os figurinos, troca os personagens, explica algumas categorias e códigos ligados ao espaço teatral convencional (palco italiano), como é o caso das três batidas que anunciam o inicio da peça.

Tudo é possível neste jogo onde o importante é a curiosidade e a vontade de mudar os rumos da história.  

Kel dá início ao espetáculo no porão: é o teatro dentro do teatro.


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